O Pescador no mar alto A Tricana na doçaria Corações em sobressalto À espera deste dia Ai como o tempo demora Quando se ama a valer E nunca mais chega a hora De se tornarem a ver Como está feliz contente Por ver o seu bem-amado Nunca o vi tão sorridente Tem o amor a seu lado Desta vez é que vai ser Disse ele à sua Tricana E sem ela o perceber Deu-lhe um beijo, o safardana | O presente que te dou É este beijo roubado Foi o mar que te mandou Não sabe um pouco a salgado? Ela corando, encantada, Sem o mostrar, pareceu, Abriu-lhe uma mão fechada Toma lá que te dou eu Ovos Moles, minha querida, Sabem-me a beijos também Pedaços da tua vida Do mais doce que ela tem E apanhando-o distraído Deu-lhe ela um beijo roubado É só para ti meu querido Não é bem adocicado? | Com mais ou menos beijinho A Tricana e o Pescador Lá seguem o seu caminho Com a bênção do Senhor Fazem par especial Namorando o tempo inteiro As postas dum bacalhau E os Ovos Moles de Aveiro Neste teu aniversário Dá-me para versos de amor São as contas dum rosário Da vida dum pescador |
Confrade José Cachim (Confraria Gastronómica do Bacalhau)
1 de Dezembro de 2010
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