quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

À Confraria dos OVOS MOLES de Aveiro

O Pescador no mar alto
A Tricana na doçaria
Corações em sobressalto
À espera deste dia

Ai como o tempo demora
Quando se ama a valer
E nunca mais chega a hora
De se tornarem a ver

Como está feliz contente
Por ver o seu bem-amado
Nunca o vi tão sorridente
Tem o amor a seu lado

Desta vez é que vai ser
Disse ele à sua Tricana
E sem ela o perceber
Deu-lhe um beijo, o safardana
O presente que te dou
É este beijo roubado
Foi o mar que te mandou
Não sabe um pouco a salgado?
Ela corando, encantada,
Sem o mostrar, pareceu,
Abriu-lhe uma mão fechada
Toma lá que te dou eu

Ovos Moles, minha querida,
Sabem-me a beijos também
Pedaços da tua vida
Do mais doce que ela tem

E apanhando-o distraído
Deu-lhe ela um beijo roubado
É só para ti meu querido
Não é bem adocicado?
Com mais ou menos beijinho
A Tricana e o Pescador
Lá seguem o seu caminho
Com a bênção do Senhor

Fazem par especial
Namorando o tempo inteiro
As postas dum bacalhau
E os Ovos Moles de Aveiro

Neste teu aniversário
Dá-me para versos de amor
São as contas dum rosário
Da vida dum pescador

Confrade José Cachim (Confraria Gastronómica do Bacalhau)
1 de Dezembro de 2010

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