quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

II Capítulo da Confraria dos Ovos Moles de Aveiro

A doce história dos Ovos Moles de Aveiro voltou a ser celebrada, naquela que também é a cidade dos Moliceiros. O 1º dia de Dezembro acordou solarengo e, Aveiro recebeu, de braços abertos, Confrarias de Norte a Sul do País e também da Europa. Tratou-se de um Capítulo vasto em momentos ricos, entre eles: a entronização dos Confrades de Honra Dom António Marcelino Bispo Emérito de Aveiro, Drª. Rosa do Céu Amorim e Chefe Hélio Loureiro.

A propósito do II Capítulo da Confraria Aveirense, a deliciosa arte gastronómica secular foi revisitada e festejada à grande é à moda de Aveiro!
O programa das festas teve início pelas 11h, no Convento das Carmelitas, onde o Padre João Alves conduziu uma simples e belíssima Benção dos Estandartes. Daí, em desfile, os cerca de 150 Confrades desfilaram rumo à Igreja da Misericórdia, onde posaram para a posteridade.

Na chegada ao Hotel Imperial, os convivas foram brindados com… Ovos Moles de Aveiro, Vinho do Porto, Espumante da Bairrada e Doce e Licor de Mirtilos (estes últimos oferecidos pela autarquia de Sever do Vouga – Munícipio de Honra 2010).

Pelas 13h, na abertura do almoço capitular, a Drª. Madalena Carrito – Presidente da Federação Portuguesa de Confrarias Gastronómicas –, brindou os presentes com palavras saborosas e que apelaram à reflexão.

O dia foi rico em mais momentos especiais e, a hora da sobremesa foi muito aguardada, pois os Ovos Moles de Aveiro viriam a conhecer um novo marco da sua história: o afamado Chefe Hélio Loureiro fez a apresentação oficial da Sobremesa da Confraria de Aveiro.
“Escolhi como base um rectângulo de acrílico representativo da água da Ria de Aveiro e do Mar. No ovo de material reciclável, os Ovos Moles de Aveiro no seu estado puro e tal como a receita. Uma espetada de madeira com as cores que muitas vezes encontramos nas decorações dos moliceiros, onde foi colocada a fruta para cortar um pouco a doçura dos Ovos Moles de Aveiro. Uma pequena canastra de peixe em madeira reciclada (com uma miniatura de doce caramelo e amêndoas) que casa na perfeição com os Ovos Moles de Aveiro. Uma caixinha de chocolate escuro, representado o caminho percorrido pelos marinheiros portugueses à procura de especiarias, mas também de café, chá e cacau, recheada com um sorvete de limão – que poderia ser de tangerina pois estamos na época dos citrinos – e ajuda a lavar a boca da doçura requintada e única dos Ovos Moles de Aveiro.”

A celebração capitular pautou-se ainda pelo seu cariz social, a reverter a favor da IPSS FLORINHAS DO VOUGA. Assim, em parceria do pintor aveirense José Rodrigues, a Confraria dos Ovos Moles de Aveiro rifou um belíssimo quadro que aquele pintou. O feliz contemplado foi o Confrade Ercílio da Confraria do Arroz e do Mar – Figueira da Foz. De realçar que, num gesto de extremas simpatia e cortesia este Amigo e Confrade ofereceu o seu prémio à Confraria dos Ovos Moles de Aveiro.

Para terminar, e como já vai sendo tradição nos Capítulos da Confraria Aveirense, o Grupo “Outros Tons” selou as festividades com um momento musical de inolvidável beleza, entoando, entre outros temas, o fado “Aveiro”, Hino Oficial da Confraria dos Ovos Moles de Aveiro.

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